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quarta-feira, 26 de maio de 2010
DIÁRIO DE UM NOVO MUNDO - NACIONAL/ÉPICO
SINOPSE:Fazer cinema no Brasil é difícil demais, o que não é novidade para ninguém. Ao produzir filmes de época, o trabalho é redobrado por conta da direção de arte. Diário de um Mundo Novo é a ousada estréia ousada de Paulo Nascimento na direção de um longa. A história começa em 1752, quando um navio cruza o oceano Atlântico. Um dos passageiros é Gaspar de Fróes (Edson Celulari), médico e escritor. Seus diários descrevem os percalços da viagem repleta de fome e doenças, a chegada ao Brasil, a luta entre as coroas de Castela e Portugal e a descoberta do amor quando ele se apaixona por Maria (Daniela Escobar), esposa de um influente militar português. O roteiro foi baseado no romance Um Quarto de Légua em Quadro , de Luís Antônio de Assis Brasil. O grande destaque de Diário de um Mundo Novo é o capricho na direção de arte. A produção – que, além de brasileira, é de Portugal, Argentina e Uruguai – foi totalmente rodada no Rio Grande do Sul, com equipe em sua maioria gaúcha. Por isso o prêmio de Melhor Filme do Júri Popular no Festival de Gramado: toda a equipe estava presente para a primeira exibição do longa-metragem, que estreou no Estado gaúcho primeiro. No entanto, tanta grandiosidade na produção (que custou modestos R$ 3,2 milhões) não salva o filme de ser irregular, especialmente em se tratando da direção e da performance dos atores. Edson Celulari pode ser experiente nas telenovelas, mas não é capaz de segurar o papel principal de um longa-metragem. Especialmente em se tratando de um épico que, além da própria produção, depende da performance do ator principal. De qualquer forma, Diário de um Mundo Novo tem seus méritos pela caprichada direção de arte. No entanto, as belas locações não conseguem sustentar o filme até o final da exibição, provando que, por mais que se faça um filme plasticamente bonito e bem trabalhado, não há nada que camufle atuações ruins e uma direção fraca. De qualquer forma, trata-se de uma estréia acima da média para Nascimento, que escolheu um grande desafio para lançar seu nome no mundo cinematográfico brasileiro.

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